O perfeccionismo é uma faca de dois gumes. Por um lado, isso pode te motivar a dar o seu melhor e a entregar um trabalho de alta qualidade. Por outro lado, pode causar uma ansiedade desnecessária e atrasar sua entrega. Como você pode aproveitar os aspectos positivos do seu perfeccionismo enquanto elimina os negativos? Que medidas ou práticas você pode usar para manter seu perfeccionismo sob controle? Você deve recorrer outras pessoas para ajudá-lo?
Segundo especialistas, muitas tendências perfeccionistas estão enraizadas no medo e na insegurança. Muitos perfeccionistas temem que se abandonarem sua meticulosidade e consciência, seu desempenho e sua posição serão prejudicados. E, portanto, se apegam ao perfeccionismo, mesmo quando é contraproducente. Se você se identificou não desanime. Controlar suas propensões perfeccionistas não é tão difícil quanto parece. Trata-se apenas de redirecionar sua força e aliviar um pouco da pressão, que você mesmo se faz. Claro que é mais fácil falar do que fazer. Mas o fato permanece: se você realmente quer ter um bom desempenho, é obrigado a fazer algumas coisas de maneira imperfeita. Abaixo listei algumas idéias de como deixar de lado (ou minimizar) sua propensão ao perfeccionismo.
Analise o Quadro Geral
Como qualquer perfeccionista lhe dirá, ser perfeito não é fácil. Sua atuação exige muito esforço e sua atenção aos detalhes é incrivelmente demorada. É claro que, como perfeccionista, você nunca aceitará apenas o adequado, mas também deve levar em consideração o custo e o tempo que seu comportamento ocasiona. Pergunte a si mesmo:
Estou usando meu tempo com sabedoria?
Estou sendo produtivo?
É recomendável se concentrar em maximizar o impacto do seu trabalho. Por exemplo, você pode dedicar mais três horas para aperfeiçoar uma apresentação, mas isso melhorará o impacto para o cliente ou sua organização? Mude sua mentalidade. Você será "menos perfeito” em algumas coisas e poderá se concentrar no que é realmente importante. Se você continuar a mexer em uma tarefa que a maioria das pessoas consideraria completa, tente reconhecer que apenas fazer é um objetivo decente. Há um ponto em que o retorno é decrescente, quando se foca em tratar de coisas pequenas e de detalhar detalhes.
Calibre Seus Padrões
Gerenciar seu perfeccionismo também exige que você “calibre seus padrões”. Digamos, por exemplo, que você esteja criando um memorando importante para sua organização. Que tal mostrar seus esforços a um colega ou supervisor no início do processo. Pode ser que você descubra que já está bom o suficiente e essa tarefa que você pensou que poderia levar 10 horas pode ser feita em apenas cinco. Não seja tímido ou envergonhado. Mesmo que você precise continuar trabalhando nele, o feedback que você receberá o ajudará a melhorar. Lembre-se também de que este memorando não precisa ser digno de um Pulitzer.
Crie uma Lista de Verificação
A busca pela perfeição é como vagar em uma jornada sem rumo. Você continua andando e andando, mas não tem certeza de estar chegando mais perto do seu destino. Da mesma forma, um perfeccionista sempre desejará continuar trabalhando em uma determinada tarefa, mas o resultado final raramente é satisfatório. Portanto, em vez de trabalhar em busca desse objetivo indefinido e inalcançável de perfeição, sugiro criar uma lista de verificação para cada tarefa. Digamos, por exemplo, que você esteja trabalhando em um discurso importante. O perfeccionista em você pode se preocupar com a escolha da fonte e suar a cada ponto e vírgula, porém, com uma lista de verificação que faz você lembrar dos itens que não pode esquecer, como revisar digitação e verificar pontuação te ajuda a eliminar os erros básicos e evita que se esforce infinitamente sempre buscando mais. Isso faz com que siga um processo com metas discretas e mensuráveis. Após checar os itens da sua lista, você terminou.
Quebrar o Ciclo Vicioso
Muitos perfeccionistas têm uma tendência a ruminar, ou seja, pensar muito, ponderar, remoer uma ideia, repetidamente sem nunca chegar a uma resolução. Essa atitude está relacionada à ansiedade. As pessoas que ruminam tendem a ser menos perdoadoras de si mesmas. São mais críticas e severas consigo mesmas. É prejudicial e improdutivo. Não confunda ruminar com solução de problemas. Em vez disso, procure maneiras de interromper o ciclo.
Identifique seus gatilhos. O primeiro passo para conquistar esse hábito é aprender a reconhecer quando você está ruminando. Descubra o que o diferencia. Anote a situação: onde você está, a hora do dia e quem está por perto. Encontre padrões consistentes e pense em maneiras de evitar ou controlar esses fatores.
Não confie na sua primeira reação. Se você se fixa num evento passado, como uma interação com um colega, tenha cuidado, você pode não ter uma leitura precisa da situação. Quando você pensa a tendência é se concentrar em todas as coisas ruins. Portanto, não pode confiar no que sua mente está dizendo. Tente com perspicácia e persista por algum tempo antes de agir. Você pode estar exagerando.
Procure uma diversão. Distrações são úteis. Faça algo que te absorva cognitivamente, mas que também seja tedioso e que não provoque ansiedade, como preencher um relatório de despesas. Muitas vezes, gaste apenas 10 minutos em uma tarefa mundana, mas que seja prática, como jogar videogame ou limpar a casa.
Pense positivo. Ruminar freqüentemente leva a evitar certas tarefas. Há uma sensação de “se não posso fazer isso perfeitamente, não vou fazer”. Para combater essa ideia, sugiro refletir sobre alguma situação em que tentou algo novo. Pense nos sucessos que já teve. Lembrando-se dos caminhos que levaram às suas realizações, poderá ver que alcançou um resultado significativo, apesar de não ter "100% de perfeição". Isso ajuda você a aprender com suas próprias experiências.
"Sou uma perfeccionista em recuperação e aspirante a "bom o suficiente". (Brené Brown)
Obtenha Outras Perspectivas
Pode ser útil conversar com alguém sobre suas tendências. Essa pessoa pode ser um chefe, que está disposto a se envolver com você emocionalmente, um amigo, irmão, mentor ou cônjuge. Seja honesto e aberto. Fale para essa pessoa que você está trabalhando para melhorar. Diga: “Eu permito que você me informe se estou sendo muito exigente" sobre um determinado tópico. Deixe claro que deseja ouvir e esteja verdadeiramente aberto a ouvir para progredir. Fale: “Posso ficar um pouco na defensiva, mas prometo pensar no que você diz'". E não se esqueça de cumprir essa promessa!
Monitore seu Progresso
Enquanto trabalha na moderação de suas tendências perfeccionistas, faça uma avaliação semanal na qual você refletirá sobre seu progresso. Tente obter uma distância psicológica e pergunte a si mesmo: “Houve algo que eu evitei esta semana devido ao medo de cometer erros? Houve algum caso em que meu perfeccionismo me atrapalhou? Houve momentos nesta semana em que tomei uma atitude, mesmo quando me senti incerta e acabei levando as coisas adiante? Seu objetivo é aprender onde o perfeccionismo tem um impacto positivo e onde não tem. Lembre-se: você não está fundamentalmente mudando de rumo, mas sim redirecionando sua personalidade.
Resumo
O Que Fazer:
Aprenda a reconhecer quando a curva de retorno do seu esforço não sobe mais, ao querer concluir uma tarefa perfeitamente. Às vezes, apenas fazer é um objetivo digno.
Reflita sobre seu progresso. Identifique exemplos de quando você moderou com sucesso suas tendências perfeccionistas.
Calibre seus padrões. Muitas vezes, o que você está escrevendo ou dizendo não precisa ser a palavra final, apenas tem que contribuir com algo útil.
O Que Evitar:
Ficar ruminando na solução de problemas. Quando sua mente estiver girando e girando, procure distrações para interromper o ciclo.
Trabalhar em busca de um objetivo indefinido de perfeição. Crie uma lista de verificação que garanta que você segue um processo com metas mensuráveis.
Fazer sozinho. Peça ajuda outras pessoas (um colega, amigo ou mentor de confiança) aumentando sua perspectiva e apoio.
Por último, mas não menos importante, o perfeccionismo é o irmão da procrastinação e, juntos, são seus grandes obstáculos para suas realizações e sucesso. Faz sentido? Deixe seu comentário. Até o próximo!
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